segunda-feira, 25 de junho de 2012

HBO investe próprio dinheiro em série sobre prostituição chique


Depois de sete séries realizadas no Brasil com recursos públicos, a HBO finalmente colocará dinheiro do próprio bolso em uma produção nacional. Série sobre três garotas de programa que aplicam técnicas de marketing e administração de empresas no exercício da profissão, O Negócio começa a ser gravada amanhã, em São Paulo, em prédios, restaurantes e bares do circuito Jardins-Berrini. Rafaela MandelliJuliana Schalch e Michelle Batistaserão as protagonistas dos 13 episódios de uma bora cada um, a serem encenados durante as próximas 2o semanas. Guilherme WeberGabriel Godoy e João Gabriel Vasconcellos formam o elenco masculino fixo.

A HBO não divulgou o custo da série, mas a julgar pelo padrão das produções da programadora e pelos projetos anteriores, O Negócio deverá custar entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões. A rigor, O Negócio será a segunda série custeada pela HBO no Brasil. Mas a primeira, um inédito especial de Mandrake, não tem a mesma envergadura.

De 2002 ao primeiro semestre do ano passado, a HBO destinou R$ 73,3 milhões de recursos de incentivos fiscais em produções como a própria Mandrake, Filhos do Carnaval, Alice, Mulher de Fases, Preamar e a inédita FDP, além de Destino SP, em finalização. FPD, sobre um juiz de futebol, deve ir ao ar no segundo semestre. De longe, a HBO é a programadora estrangeira que mais utiliza recursos fiscais na produção de teledramaturgia. Ela se beneficia de artifício legal que destina à produção independente parte do imposto que paga pela remessa de lucros ao exterior.

Luxo e sexo
Projeto da produtora Mixer, O Négocio começou a ser gestada há três anos, segundo o roteirista Rodrigo Castilho, que divide a criação com o diretor Luca Paiva Mello. Na série, Karen (Rafaela Mandelli), Luna (Juliana Schalch) e Magali (Michelle Batista) são três prostitutas competentes, mas "estagnadas" na carreira, quando decidem dar uma virada.




"São as primeiras garotas de programa a lançarem mão das mais modernas técnicas de marketing e gestão empresarial", resume Castilho. "Elas percebem que as garotas de programa esperam passivamente pelos clientes em boates e sites, continuam sendo exploradas por cafetões. Chegaram todas as tecnologias, mas a profissão não mudou. Elas questionam: por que não ir atrás dos clientes? Por que não fazer pesquisas de mercado?", adianta.

O roteiro, "sofisticado e inteligente", na definição de Rafaela Mandelli, irá então colocar as três em situações inusitadas. Elas fazem parcerias com funcionários de empresas aéreas, oferecendo seus serviços para executivos que não conseguem viajar durante um apagão aéreo, e promovem "focus group" (pesquisas de opinião em grupo), para detectar o que os clientes esperam delas.

"Elas chegam ao limite de tentar fidelizar o cliente, o que é uma contradição",  afirma o roteirista. Levam o negócio a sério. Uma das locações da série é o escritório das "empreendedoras".

Liderança

Karen, a personagem de Rafaela Mandelli (a Clarice de Fora de Controle, da Record), tem 30 anos e é a líder do grupo. "Ela é a mais velha, está na profissão há algum tempo, não gosta de depender de ninguém e sabe que a profissão acaba, e a carreira dela está no fim", conta Rafaela.

Luna (Juliana Schalch) é a única universitária _é estudante de administração. Embora tenha família, se prostitui em boates. "A Luna quer fazer um grande programa na vida, que é casar. Mas tem uma vida dupla, começou a se prostituir simplesmente porque começou", diz Juliana.

Magali (Michelle Batista), a mais jovem, não é exatamente uma prostituta quando a série começa. "Ela ganha a vida em troca de favores. Vive em hotéis cinco estrelas, a vida dela cabe em uma mala", afirma.

O Negócio ainda não tem previsão de exibição, mas isso deve ocorrer no segundo semestre de 2013.


Fonte: Daniel Castro

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